A história de Lordelo perde-se no tempo e toda ela envolta em intensa neblina, com documentação pouco convincente em termos históricos corretos e absolutos, e a que existe pouco comprova a veracidade de certos factos e de certas afirmações.
Lordelo é antiquíssima povoação, que tomou este nome de outrora vila e couto Lordello, pois já era " Honra dos Lordellos" em tempo do Rei D.Dinis. Os tais Lordellos tinham aqui uma grande quinta, chamada mesmo " Quinta dos Lordello", donde tiraram o apelido. Desta linhagem que parece já ter existido no tempo do Lavrador, apenas se conhece a família individualmente a partir do reinado de D. Afonso V, nomeadamente Lopo Dias de Lordello, provedor das capelas desse príncipe, com descendência; Duarte Dias de Lordello, seu irmão, casado com Francisca Mendes de Brito, com descendência; Vasco Martins de Lordello casado com N. de Góis, de quem teve descedência; João de Lordelo, escudeiro de D.Fernando, Duque de Guimarães que depois foi de Bragança, cunhado de D.Manuel I, o qual teve o privilegio de fidalgo, por carta de 30 de Outubro de 1475; Brites de Lordello, talvez irmã deste ultimo, que obteve, por seus serviços, mercê de quinze mil reais de tença cada ano, para si e seus herdeiros, por graça do Africano, de quem era criada. Tal dádiva foi feita em 1475.
Estes ricos fidalgos apregoavam em suas armas a "Honra dos Lordello". Descrevem-se estas armas da seguinte maneira: campo verde, banda de prata carregada de três quadripólios vermelhos e acompanhados por seis cordeiros passantes de prata, postos em duas bandas e dispostos no sentido um, dois, dois, um. O timbre do brasão tem um cordeiro de prata com um quadripólio vermelho na boca.
D. Manuel I deu-lhe foral, muito semelhante ao de Alijó, a 12 de novembro de 1519, ao mesmo tempo que o de muitas outras povoações de Trás-os-Montes e todos no mesmo documento. Provavelmente deu-lhe a categoria de vila.
A partir de certa altura e no decorrer dos tempos Lordelo foi feudo dos Távoras.
Em 1759, com a extinção da Casa dos Távoras por acusação de conjura contra D. José. Lordelo é integrado na Coroa e Fazenda Régia da benfeitoria do Mosteiro dos Jerónimos em Lisboa, pertença da Abadia de Vila Marim, mais tarde Junta Paroquial Autónoma e, por fim, Junta de Freguesia.
A 6 de Novembro de 1836, o concelho foi extinto e a freguesia integrada no município de Vila Real.
A 12 de Junho de 2009, a sede da freguesia foi novamente elevada à categoria de vila.
A 11 de Outubro de 2012 a Assembleia Municipal de Vila Real aprovou a proposta de Reorganização Administrativa Territorial do Município apresentada pela Câmara Municipal. Com o intuito de evitar a sua eventual agregação com outras freguesias vizinhas, a freguesia de Lordelo foi reclassificada, em contradição com os dados estatísticos, como «urbana e não urbana».
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